domingo, 30 de outubro de 2011

Jardim e gastronomia I: sorvete de rosas

Com a intenção de tornar o jardim cada vez mais próximo das pessoas, principalmente dos meus alunos, tenho dado ênfase ao uso das plantas ornamentais na gastronomia durante minhas aulas.
Qual  a melhor maneira de aproximar o homem de algo senão pela boca? Afinal, quem não gosta de comer?
Pensando nisso, propus aos alunos de uma turma já formada a produção de um alimento bastante exótico: o sorvete de rosas!
Desenvolvido pela sorveteria Delicci, de SP, fomos atrá de um dos ingredientes, o xarope de rosas (http://www.varanda.com.br/) , que conseguimos comprar pela internet, e demos início aos nossos estudos sobre roseiras e também às exprimentações com o sorvete.
O trabalho final foi apresentado na VI Feira de Profissionais da Escola Qualifica (www.escolaqualifica.com.br/recicla_interna.php?id=393 e  www.escolaqualifica.com.br/fotos_int.php?id=11) e o sorvete fez o maior sucesso!

Segue a receita:
- Ingredientes: 1 litro de leite; 1 lata de leite condensado; 2 colheres de sopa de açúcar; 1 colher de sobremesa de amido de milho; 1 colher de sopa de manteiga; 3 gemas de ovo; 5 gotas de essência de baunilha e 120 ml de xarope de rosas.

- Modo de fazer: colocar todos os ingredientes, exceto o xarope, em uma panela e levar ao fogo alto, mexendo sempre, até começar a engrossar. Retirar do fogo e colocar em outro recipiente para esfriar. Quando estiver frio, adicionar o xarope de rosas e mexer bem. Levar ao congelador e bater de meia em meia hora para adquirir a consistência de sorvete.
Garantimos: dá certo e fica uma delícia!
Eu expermentei a receia original da Sorveteria Delicci na Expoflora. Sem falsa modéstia, nossa receita ficou bem mais saborosa!


O jardim da minha casa

Metade a sol pleno, metade à sombra, o jardim da minha casa era um desafio.
Isso porque já contava com diversa plantas adultas, como árvores e um jerivá, bem como precisava de um cuidado especial: usar as bromélias do meu pai e, o mais importante, ter baixo orçamento de execução!
Assim, o estilo escolhido foi o tropical!
Utilizamos o retorno da piscina para fazer a queda d'água: renovação da água da piscina e som ao jardim!
Com a introdução de algumas plantas adquiridas, como aspargos rabos-de-gato, fórmios variegados e uma palmeira fênix, todas resistentes ao calor e sol da piscina, compusemos o canteiro ao redor da queda d'água.
O piso foi refeito pensando no baixo custo: cimento pintado ornado de mosaicos de lajotinhas coloridas. O muro, plano de fundo do jardim, seguiu o mesmo princípio: cimento rusticamente aplicado e com pintura em amarelo queimado, para, assim, compor contraste com o verde das plantas.
As lajotinhas foram aplicadas também nos pilares de contensão do muro: intercaladas, agilizaram a aplicação e favoreceram o baixo custo. Acabaram dando um "ar" mexicano à composição, compondo com os cactos colocados no muro: única planta capaz e suportar a insolação no local.
As bromélias, juntamente com o jerivá, a acerola, as orquídeas, dracenas e aráceas garantiram a composição tropical!










Minhas andanças atrás de jardins I: o Jardim de Boboli, um jardim barroco

A história do Jardim de Boboli (Firenze, Itália) está intimamente ligada à história do palácio que o abiga, o Palácio Pitti. O palácio foi edificado pela família Pitti com a intenção de demonstrar, sobretudo aos Medici, poderio e riqueza. Ironicamente o palácio é adquirido pela família Medici que investe na construção de Boboli na colina anexa.
Boboli representa um jardim do período Renascentista de grande importância histórica no que diz respeito à arquitetura paisagística. Totaliza 45.000 m² e sua construção ocorreu entre os séculos XV e XIX pelas mãos de Niccolò Pericoli. Também contribuíram: Davide Fortini, Giorgio Vasario, Ammannati, Buontalenti e Parigi.






No período Renascentista a geometria surge como regra para organizar o espaço e o jardim se relaciona à volta ao estilo persa: dividido em quatro partes. Também caracteriza os jardins deste período a presença das fontes, esculturas e um retorno à mitologia com a presença de estátuas de deuses. Passeios retos, escadas, terraços, rampas e grutas são elementos paisagísticos muito presentes no estilo clássico revivido em exagero neste jardim de estilo barroco (excessivamente ornado, com algumas linhas orgânicas e que por vezes remete a um universo fantástico).
Pitti caracteriza-se pela sua simetria, por ser murado, com fonte ao centro (fonte de Netuno, mostrada acima) e pela presença de par terres1,.
1 “Por terra”, termo que refere-se a canteiros de porte baixo.





Galabau: uma das maiores feiras de paisagismo do mundo

A Galabau (Internationale Fachmesse Urbanes Grün und Freiräume) é uma das maiores feiras de paisagismo do mundo. Acontece em Nüremberg, Alemanha, nas proximidades de Frankfut, e eu estive lá em 2009 verificando o que os europeus estão desenvolvendo em termos de paisagismo.
Simplesmente gigante, a feira em nada se compara ao que já acontece no Brasil. Ainda temos um longo caminho a percorrer, sobretudo em termos de insumos para o paisagismo, e em termos de popularização deste segmento.
Fui a Galabau com minha irmã e com meus parentes da Alemanha, Frank e Monika.
Confira fotos:

Pedras para jardim, ao fundo, os nossos xaxins
Objetos de decoração, tradicionais nos jardins alemães

Mais objetos de decoração

Aqui, um concurso de paisagismo

Uma pausa para o lanche
Fabiane com Frank e Monika
Mega vasos...

... para mega árvores!
Gazebos, tutores e arcos prontos

Contenedores de encostas usados com orginalidade para criar elementos paisagíticos. Aqui, com bola plástica colorida...

... aqui, com tacos de madeira, formando mesa e bancos



Expoflora 2011

Em sua 30ª edição, a Expoflora é a mais tradicional feira de plantas ornamentais e paisagismo do Brasil. Acontece na cidade de Holambra, em SP, maior núcleo de floricultura brasileiro.
Neste ano, aconteceu entre os dias 01 e 25 de setembro.
Eu estive lá, verificando tendências de paisagismo e lançamentos do setor de floricultura pela segunda vez. Minha primeira visita à Expoflora foi no ano de 1999!
De lá para cá, a feira cresceu bastante! Só para constar: o nome Holambra vem de Holanda + Brasil.
A mostra de paisagismo denota uma tendência de transformar o jardim, cada vez mais, em um abiente de estar. Segue o uso do paisagismo vertical e a presença de uma fonte de fogo no jardim. Evidentemente, a sustentabilidade também muito presente, pelo uso de mobiliário de materiais reciclados (madeira, plástico, pneus), bem como pelo enfoque dado à compostagem!
http://www.expoflora.com.br/



Paisagismo vertical

Compostagem e ideias de reaproveitamento da madeira

Presença do fogo

Presença do fogo

Paisagismo vertical
Paisagismo vertical

Estar no jardim

Estar no jardim e reaproveitmento da madeira

Novidade em SP: a orquídea azul (Blue Mystique é resultado de um processo de produção patenteado pela holandesa Geest Orchideeën, a partir da infusão de uma tinta específica no caule da phalaenópsis branca.)


Estar no jardim e aproveitamento da madeira

Compostagem chique: assim pode até ser integrada à proposta do jardim

Viagem de Estudos das Turmas de Jardinagem para a Feira das Flores de Ivoti

As Turmas I, II e III de Jardinagem Profissional e Iniciação ao Paisagismo estiveram em viagem de estudos para a Feira das Flores de Ivoti, no dia 16 de outubro.
Em sua sexta edição, a Feira das Flores acontece no interior de Ivoti, em uma rua com diversas construções no estilo enxaimel.
Pudemos observar uma mostra de pequenos jardins, adquirir exemplares e estudar nomenclatura e classificação quanto ao uso paisagístico!
http://www.ivoti.rs.gov.br/