A história do Jardim de Boboli (Firenze, Itália) está intimamente ligada à história do palácio que o abiga, o Palácio Pitti. O palácio foi edificado pela família Pitti com a intenção de demonstrar, sobretudo aos Medici, poderio e riqueza. Ironicamente o palácio é adquirido pela família Medici que investe na construção de Boboli na colina anexa.
Boboli representa um jardim do período Renascentista de grande importância histórica no que diz respeito à arquitetura paisagística. Totaliza 45.000 m² e sua construção ocorreu entre os séculos XV e XIX pelas mãos de Niccolò Pericoli. Também contribuíram: Davide Fortini, Giorgio Vasario, Ammannati, Buontalenti e Parigi.
No período Renascentista a geometria surge como regra para organizar o espaço e o jardim se relaciona à volta ao estilo persa: dividido em quatro partes. Também caracteriza os jardins deste período a presença das fontes, esculturas e um retorno à mitologia com a presença de estátuas de deuses. Passeios retos, escadas, terraços, rampas e grutas são elementos paisagísticos muito presentes no estilo clássico revivido em exagero neste jardim de estilo barroco (excessivamente ornado, com algumas linhas orgânicas e que por vezes remete a um universo fantástico).
Pitti caracteriza-se pela sua simetria, por ser murado, com fonte ao centro (fonte de Netuno, mostrada acima) e pela presença de par terres1,.
1 “Por terra”, termo que refere-se a canteiros de porte baixo.
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